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Artigo original que sugeriu ideia de BRICs

Artigo BRICs Goldman Sachs

Em 2001, o economista Jim O’Neill, do Goldman Sachs, publicou o paper “Building Better Global Economic BRICs”, que se tornaria a fundação conceitual do bloco que viria a ser conhecido como BRICS. A ideia central do estudo era que quatro grandes economias emergentes — Brasil, Rússia, Índia e China — apresentavam características demográficas, macroeconômicas e comerciais que as posicionariam como protagonistas do crescimento global nas décadas seguintes.


O’Neill destacou que, embora esses países tivessem uma participação relativamente modesta no PIB global nominal (cerca de 8% à época), sua influência era subestimada, principalmente quando se considerava o PIB ajustado por paridade de poder de compra (PPP), onde juntos já respondiam por mais de 23% da economia mundial. Com taxas de crescimento superiores às das economias desenvolvidas, a projeção era de que os BRICs ganhariam peso rapidamente e passariam a ter um papel fundamental na dinâmica global.


O estudo dos BRICs não apenas identificava esse potencial de crescimento, mas também propunha que fóruns de governança global — como o G7 — fossem repensados para incluir essas economias emergentes. O autor sugeria que, em vez de continuar centrados em países como Canadá ou Itália, com menor dinamismo, os fóruns internacionais deveriam incluir China, Brasil ou Índia, refletindo a nova geografia econômica do século XXI.


Além disso, o paper sugeria que as empresas e investidores globais repensassem suas estratégias, pois a próxima onda de crescimento e consumo em larga escala viria desses mercados. O Goldman Sachs apontava que, se bem geridas, essas economias poderiam ultrapassar muitas das potências tradicionais em termos absolutos já nas décadas seguintes — começando pela China, que superaria a Alemanha e, depois, os EUA em tamanho de PIB.


Por fim, o artigo deixava clara uma visão estratégica: o futuro da economia global não estaria mais nas mãos exclusivas das economias desenvolvidas, mas passaria cada vez mais pelos BRICs. Essa provocação deu origem a uma série de debates, estudos complementares e, eventualmente, à articulação política que consolidou o BRICS como bloco diplomático em meados da década seguinte.



📌 Contexto & ideia central de BRICs

🌱 Projeções para 2011

🌎 Implicações para a governança global

  • Diante dessa ascensão, O’Neill defende reformular fóruns econômicos, substituindo membros “menores” da G7 (como Itália, Canadá) por membros do BRIC — sugerindo formação de uma G8/9 mais representativa bricsipedia.ch+11Goldman Sachs+11Wikipédia+11.

  • A lógica é que o impacto da política monetária e fiscal desses países — especialmente da China — será comparável ou superior ao de muitas economias do G7, exigindo inclusão na tomada de decisões globais gspublishing.com.


📈 Dados e análise

  • Tabelas detalhadas com PIB nominal e por PPP, participação no comércio, projeções de crescimento e inflação, mostrando mudança estrutural na economia global .

  • Destaca-se que a PPP oferece visão mais fiel da influência real da China e Índia do que o PIB nominal, justificando uma reavaliação da governança econômica global .


🎯 Conclusão estratégica

  • BRIC não era uma aliança formal, mas um conjunto de países com crescimento robusto, grande população e potencial de impacto global Wikipedia+2Wikipédia+2Wikipédia+2.

  • A mensagem era clara: essas potências emergentes não podem mais ser ignoradas em fóruns onde se definem recursos, políticas e o rumo da economia global.


💡 Visão anticorrente (tom questionador e visionário)

  1. PPP vs. Nominal: O’Neill aposta pesado no PPP — mas será que isso “paga as contas” no nível real de comércio, finanças e influência monetária? Ou é ilusão estatística?

  2. Fóruns elitistas: Mudar a G7 em G8 não resolve se não houver parceria estratégica real entre os BRICs — ao invés de reuniões simbólicas Reuters+1Goldman Sachs+1.

  3. Epicentro China: A ascensão da China era inevitável; o desafio era e é chamar Índia, Brasil e Rússia para nível de co-protagonistas, mas… sempre falta comunhão estratégica.

  4. Visão 2050: Logo viria “Dreaming with BRICs (2003)”, apostando ainda mais alto — mas a execução tarda, e os dados mostram progresso heterogêneo entre os BRICs.

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