A alma voltou ao futebol — e ela atende por CazéTV
- Carlos Honorato Teixeira

- 28 de jun.
- 3 min de leitura
Sempre fui cético com relação a influencers, youtubers — e continuo sendo, apesar de hoje também ocupar esse espaço. Mas algo mudou durante a última semana da Copa do Mundo de clubes. Enquanto assistia ao jogo da Nova Zelândia no YouTube, de maneira despretensiosa, me deparei com um momento raro: autenticidade. Surpreso não com o jogo, mas com a transmissão. Sim, comecei a admirar a CazéTV.
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O goleiro Conor Tracey, que sofreu 10 gols contra o Bayern, funcionário de um depósito, ele trabalha como estoquista e precisou tirar uma licença não remunerada para disputar o torneio. Depois da goleada sofrida ele foi substituido por Natha Garrow – Estudante em tempo integral que teve um desempenho formidável nos dois jogos seguintes.

O goleiro neozelandês, um jovem estudante amador, começou a fazer defesas espetaculares. por E o que fez a CazéTV? Construiu uma narrativa. Incentivados pelo chat ao vivo, os comentaristas passaram a divulgar o Instagram do goleiro. Em apenas 20 minutos, ele saltou de 7 mil para 13 mil seguidores. Uma explosão espontânea de apoio, movida por empatia, não por contrato.

Esse momento me fez refletir sobre algo maior: a presença da alma no futebol e na comunicação esportiva.
Comparando com a transmissão da Globo ou da SporTV, o contraste é gritante. Lá, tudo parece milimetricamente roteirizado, estéril, comercial demais. Na CazéTV, existe algo que o dinheiro não compra: vontade genuína de contar histórias, de vibrar com o imprevisível, de fazer parte de algo real.
A CazéTV me lembrou por que tantos de nós se apaixonaram por esse esporte: não pelos contratos milionários, nem pelos algoritmos da audiência. Mas pela capacidade do futebol de gerar conexões humanas verdadeiras, em tempo real.
E isso, meus amigos, é mídia com alma.
Sebastián Ciganda, goleiro reserva do Auckland City.
"O prêmio de U$S 1.000.000 (um milhão de dólares) pelo empate contra o Boca Juniors será dividido entre toda a equipe. Trabalho limpando piscinas e banheiras de hidromassagem. Vim para os EUA sem ganhar um único dólar."
A lista das profissões estreladas do Auckland City
Natha Garrow (Goleiro) – Estudante em tempo integral
Adam Mitchell (Zagueiro) – Corretor de imóveis
Christian Gray (Zagueiro) – Professor em formação
Nikko Boxall (Zagueiro) – Corretor em empresa de seguros
Michael Den Heijer (Zagueiro) – Líder de equipe na LifeChanger Foundation
Regont Murati (Lateral) – Product Owner
Jordan Vale (Lateral) – Professor de ensino fundamental
Dylan Connolly (Lateral) – Fisioterapeuta
Adam Bell (Lateral) – Vendedor no varejo e estudante
Alfie Rogers (Lateral) – Representante de vendas da Coca-Cola
Tong Zhou (Meia) – Líder de programa comunitário e educador no King’s College
Matt Ellis (Meia) – Assistente de vendas em empresa de alimentos
Jeremy Foo (Meia) – Estudante de ciências
Gerard Garriga (Meia) – Treinador em academia de futebol
Mario Ilich (Meia) – Representante de vendas da Coca-Cola
Jackson Manuel (Meia) – Treinador comunitário de futebol
David Yoo (Meia) – Treinador comunitário de futebol
Dylan Manickum (Atacante) – Engenheiro assistente na construção civil
Haris Zeb (Atacante) – Treinador comunitário de futebol
Myer Bevan (Atacante) – Estudante de educação física e personal trainer
Angus Kilkolly (Atacante) – Operador em empresa de ferramentas
Ryan De Vries (Atacante) – Polidor de carros
Jerson Lagos (Atacante) – Barbeiro


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